quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Resgate e adoção de animais

Nesta sexta-feira, 30 de janeiro, vai ao ar Globo Repórter especial sobre o trabalho de resgate e adoção de animais de rua e em situações de risco, realizado por entidades protecionistas do estado da Bahia, como a Associação Brasileira Terra Verde Viva, entre outras.
É sempre bom ver exemplos de trabalho sério para a melhoria da qualidade de vida dos animais. Vamos assistir?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Entrevista com o presidente da Eslovênia

"O vegetarianismo aumentaria a chance de sobrevida da humanidade a longo prazo". Essa é a abertura da entrevista dada pelo presidente da Eslovênia, Janes Drnovsek (vegetariano há muitos anos e, atualmente, vegano) sobre vegetarianismo e direitos dos animais.
Recebi, por e-mail, do Instituto Nina Rosa, e achei uma leitura muito inspiradora. Vale a pena ver o texto completo, é só clicar no título desse post.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

2009 feliz para todos os seres vivos

Faltam só 3 dias para o novo ano, mais uma oportunidade de repensar nossos valores e fortalecer a vontade de construir uma vida melhor, não só para si mesmo, mas para todos. Espero que 2009 seja um ano feliz para humanos e não-humanos, com respeito e harmonia entre todos os seres.

sábado, 29 de novembro de 2008

VEGETARIANISMO ALÉM DO EGO.

Já não há mais desculpas. Livros, revistas, documentários, evidenciam as inúmeras vantagens do vegetarianismo. Sejam elas tomadas do ponto de vista do bem estar físico, da ética ou da espiritualidade.
Sendo assim, quando surge o debate, no qual os argumentos favoráveis ao consumo de carne explodem diante das várias assertivas de uma dieta vegetariana, baseada principalmente no respeito às espécies diferentes da nossa, chegamos ao último apelo, ao último suspiro: “como carne porque gosto”.
E o que é isso, senão olhar para o próprio umbigo, satisfazer acima de tudo o paladar, esse ditador voraz, sem lembramos que para isso damos cabo da vida de outro ser. O que é isso senão esquecer que não somos o centro do universo, que o planeta não é nossa exclusiva propriedade, mas um presente dado a todos os seres para que nele convivam pacificamente.
Se olhássemos um pouco à nossa volta, se apenas levantássemos um pouco nossa cabeça, se nosso ego não fosse tão inflado a ponto de acharmos que tudo é feito somente para nosso conforto e comodidade, certamente chegaríamos à conclusão de que é preciso fazer algo, que é preciso mudar, e que a mudança começa por aquilo que levamos à boca.
Namastê.
José Rangel.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Seminário: Direitos dos Animais em Debate: as faces da intolerância

06 e 07 de novembro de 2008
Auditório da Faculdade de História - FFLCH/USP
Cidade Universitária – São Paulo

Entrada franca, sem necessidade de inscrição prévia

Certificado de participação aos interessados
Mais informações: (11) 3091-2441 – lei@usp.br

PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira, 06/11

10:00 às 12:00: Mesa Redonda “Aspectos históricos da intolerância com os animais”
Zilda Marcia Grícoli Iokoi (professora livre docente história/USP e diretora LEI)
Rodrigo Medina Zagni (graduado em historia e doutorando no PROLAM/USP)
Juliana Prado da Silva (graduanda em história/USP)

Intervalo para almoço

14:00 às 15:45: Mesa Redonda “Pode o direito eliminar a intolerância?”
Paulo Santos de Almeida (graduado em direito e professor doutor EACH/USP)
Vânia Rall Daró (graduada em direito/USP, tradutora pública e intérprete comercial)
Artur Matuck (graduado em comunicação e professor livre docente ECA/USP)

15:45 às 16:00: coffe break

16:00 às 18:00: Mesa Redonda “Somos todos primatas”
César Ades (graduado em psicologia, professor titular IP/USP)
Heron José de Santana Gordilho (promotor de justiça/BA e professor adjunto UFBA)
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Sexta-feira, 07/11

10:00 às 12:00: Mesa Redonda “Uma visão da cultura sobre os animais”
Renato da Silva Queiroz (graduado em ciências sociais, professor livre docente antropologia/USP)
Valéria Barbosa de Magalhães (graduada em ciências sociais e professora doutora EACH/USP)
Laerte Fernando Levai (promotor de justiça/Ministério Público do Estado de São Paulo)

Intervalo para almoço

14:00 às 15:45: Mesa Redonda “Ética na ciência”
Sara Albieri (graduada em filosofia e professora doutora história/USP)
Luiz César Marques Filho (graduado em história e professor doutor do IFCH/UNICAMP)
Nádia Farage (graduada em ciências sociais e professora doutora do IFCH/UNICAMP)

15:45 às 16:00: coffe break

16:00 às 18:00: Mesa Redonda “Considerações filosóficas sobre o uso de animais”
João Epifânio Regis Lima (doutor em filosofia/USP. Professor titular Universidade Metodista)
Irvênia Luiza de Santis Prada (veterinária e professora titular da FMVZ/USP)

Por que me tornei vegetariana

O que diferencia um ser humano de um animal? A primeira resposta que me vem a cabeça é a capacidade de elaborar raciocínios complexos que os humanos, ao menos teoricamente, têm. Conseguimos analisar e combinar informações e dados abstratos, raciocinar a respeito deles, gerar novos conceitos e criar argumentos para refutar uma idéia ou defendê-la.
Conheço pouco sobre o funcionamento do cérebro humano e o dos não humanos, mas me arrisco a dizer que outra característica cognitiva que nos diferencia é a capacidade de fazer julgamentos com base num senso de justiça comum, que nos permite distinguir e definir o que é justo do que não é.
É claro que as diferenças culturais exercem forte influência nesse julgamento, mas acredito que, em um ponto, todos nós concordamos em maior ou menor grau: consideramos injustos atos de crueldade contra seres vivos, sejam eles humanos ou não.
Mas será que o conceito de crueldade que eu tenho ou que você tem é o mesmo que o do seu vizinho? A noção do que é a crueldade varia sensivelmente de acordo com a situação em que cada indivíduo se encontra. Numa guerra, por exemplo, cometem-se atos hediondos em nome de causas consideradas justas por uma determinada sociedade, num determinado momento.
A questão dos direitos dos animais é uma guerra em que a crueldade vem sendo aceita passivamente por muitos e defendida passional e racionalmente por determinados grupos, movidos por interesses econômicos.
Para esses grupos - dentre os quais podemos citar grandes nomes da indústria farmacêutica, alimentícia, de vestuário e de entretenimento -, acredito que a única forma de “diálogo” eficiente é a mudança das leis, não só das que regulamentam o uso de animais em testes ou a forma como a criação e o abate devem ser feitos, mas, principalmente, da lei de mercado. Se o consumidor deixar de comprar produtos testados em animais ou que usam sua carne, pele ou qualquer outro órgão de seus corpos como matéria-prima, a indústria se verá obrigada a mudar, a investir e a gerar avanços tecnológicos e científicos que substituam os arcaicos e pouco eficazes testes realizados com animais. Já existem alternativas muito superiores, em qualidade e humanidade, para testes e estudos que dispensam totalmente o uso de animais em laboratórios.
Se o consumidor, como eu e você, tem todo esse poder, por que não vemos a indústria se transformando para nos oferecer produtos e serviços 100% livres de crueldade contra os animais? Provavelmente porque nós, humanos com capacidade de julgamento e raciocínio complexo, consumidores que fornecem os recursos econômicos para que as empresas continuem obtendo lucro e mantendo seus laboratórios de pesquisa e tortura animal em pleno funcionamento, não costumamos pensar muito nisso.
Trocamos, sem nenhum incômodo e até com muita satisfação, nossa capacidade de refletir e tomar partido sobre a crueldade contra os animais (e fugindo um pouco do tema deste texto, contra outros seres humanos) por um filé no prato.
Não gostamos muito de pensar de onde vem o que comemos ou vestimos. Aliás, nos preocupamos sim e muito, com a higiene com que nosso bife foi preparado, mas não pensamos, um segundo sequer, sobre o assassinato de um animal, sobre como foi a vida daquele boi ou porco que a teve roubada pelos criadores, com a conivência de consumidores, como eu e você. Quando somos obrigados a pensar sobre isso, podemos lamentar que ele tenha sido morto, mas achamos que foi por um motivo justo e nobre: nos servir de alimento.
Mas se pensarmos que existe uma variedade enorme de alimentos de origem vegetal, muito mais saudáveis para o nosso organismo, para nossa consciência e para o mundo em que vivemos, fica difícil continuar comendo carne sem, no mínimo, sentir-se desconfortável.
Eu fiquei muito tempo pensando que deveria me tornar vegetariana, muitas vezes enquanto mastigava meu bife. Mas eu achava que não faria muita diferença se eu parasse de comer carne, afinal, eu nem comia tanto assim e o que eu deixasse de consumir não faria falta para a imensa indústria da carne. Mas quando eu descobri que, tornando-se vegetariana, uma pessoa qualquer, insignificante como eu, passa a salvar 81 animais da morte, por ano, eu me senti grande. E se uma vida salva faz total diferença para o indivíduo “sujeito-de-uma-vida”, na expressão de Tom Regan, eu me sinto imensamente feliz por ser o sujeito dessa atitude. E nem é preciso dizer que o máximo prazer que um pedaço de carne no prato poderia me proporcionar não chega nem perto da plena satisfação que eu sinto quando me lembro disso.
Considerando, também, que uma dieta vegetariana é mais saudável, minhas chances de consumir medicamentos diminui bastante, o que implica na redução dos lucros da indústria farmacêutica, uma das maiores responsáveis pelo uso e abuso de animais em testes. Já está comprovado que pessoas que mantém uma dieta vegetariana têm menos chances de sofrer de doenças cardíacas, câncer, diabetes e derrame.
Os testes com animais são outro ponto de discussão fundamental. Não conseguimos imaginar a cena de um cachorro sendo vivissecado para testar um novo tipo de sutura cirúrgica e, depois de terminada a “exibição”, ser morto. Mas achamos que isso é um mal necessário, já que trará grandes benefícios para a evolução da medicina. “Bullshit”!
Quando me tornei vegetariana, há pouco mais de 2 anos, decidi nunca mais abrir mão da minha humanidade, da minha capacidade de discernimento moral e ético diante das milhões de vidas exploradas, torturadas e mortas, que me eram empurradas sob o disfarce de alimento. Demorei muito pra fazer essa mudança e sei que ainda preciso caminhar ainda mais (deixando de usar artigos de couro, por exemplo). Só sei que, de todas as escolhas que fiz ao longo da vida, tornar-me vegetariana foi uma das mais simples, das mais prazerozas e das que mais me orgulho.

Starter Kit

A PETA disponibiliza um kit bem legal para quem está pensando em se tornar vegetariano mas ainda não sabe bem por onde começar. O conteúdo é em inglês:

Free Veg Starter Kit